Jesus Te Ama

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sábado, 10 de agosto de 2013

POR QUE E COMO ORAR?


                     POR QUE E COMO ORAR? Ef 1. 3 a 14.


  A oração não é um instrumento poderoso de alteração da vontade de Deus, mas é sim, um meio de adoração à Deus e declaração de sua soberania e providência, de exercício da nossa fé, paciência e submissão a Deus. Mas se Deus é onisciente e onipotente, e dirige nossas vidas porque orar? E se devemos orar, como fazê-lo? Esta semana gostaria de modo muito objetivo levá-lo a pensar um pouco nestes aspectos habituais de nossa vida cristã.
I – POR QUE ORAR?
a)Porque Deus é santo, soberano e amoroso, portanto deve ser adorado e glorificado por isto (At 11.33 a 36; 1 Jo 4.10).
Douglas F. Kelly, em sua obra “Se Deus já sabe, por que orar?” (1996); estabelece primeiramente que Deus é uma pessoa, e como tal se relaciona com outras pessoas. Deixa claro porém que é uma pessoa infinita, logo distinta de nós, homens, portanto Ele é alguém que não posso explicar em toda sua profundidade (1996 p.26 a 28). O valor maior desta relação é a glorificação de Deus - e consequentemente a dependência do homem (1996, p.35).
Declara ainda que Deus é soberano. “A palavra soberano é empregada no contexto de governo, e designa aquele que exerce autoridade suprema”, (Kelly, 1196, p.59) e cita que o apóstolo Paulo, descreve Deus como aquele “que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” ( Ef 1.11).
b)Para sermos canal da providência divina;
O Dr B. M. Palmer, diz ( por Kelly): “O princípio escriturístico não é que os favores sejam - por nossa importunação – arrancados da relutância do Ser Divino, mas estes favores antedatam a oração, nas determinações de sua vontade soberana e graciosa; e o verdadeiro espírito de oração, que Deus também comunica, é o sinal da garantia da dádiva a ser recebida. A oração então não é a causa que busca sua própria eficiência, porém, é meramente a condição antecedente sobre a qual o benefício está pendente. O propósito para conceder é, da parte de Jeová, soberano e livre; é o movimento espontâneo de sua própria vontade graciosa e amorosa. Contudo, no exercício da mesma soberania e bondade, ele interpõe a oração da criatura, como o canal através do qual seu favor virá”. ( Palmer in Kelly, 1996, p.75)
Assim a oração está nos planos de Deus como meio de sua providência e para cumprimento de seus propósitos.
c)Para o exercício de nossa fé e submissão (I Jo 5.14 e 15).
O Senhor Deus é onisciente, logo nada do que dissermos a ele será uma surpresa, mas tudo que colocarmos diante dele me oração será um declaração de nossa dependência. Que desejamos submeter nossa vida à Sua autoridade. O que consequentemente irá enriquecer nosso relacionamento com Deus. E não só isso, pela submissão a sua direção e vontade irá nos colocar numa maior possibilidade de retidão de atitude (Mt 26.41).
II – COMO ORAR?
John Bunyan, autor de o peregrino disse: “quando oramos é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração”. Como vemos em Pv 15.8: “o sacrifício dos perversos é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é Seu contentamento”.
O que significa isso? Significa que não há uma fórmula ou modo padrão mas sim atitudes que Deus espera em nossa comunicação e relacionamento com Ele. Se pudermos resumir, podemos caracterizar estas atitudes como:
1. INTELECTUAL : através de devocionais e/ou pela leitura da palavra e reflexão, pois estes podem nos levar a um maior conhecimento dos atributos da pessoa de Deus, nos dando, portanto uma maior consciência de Sua santidade e graça e de nossa condição humana. Um maior sentimento de gratidão pelo entendimento das bênçãos dispensadas por Deus. . .
2. AMBIENTAL : Buscando condições pessoais e materiais que favoreçam a oração, a saber: um local sossegado; uma posição adequada; uma hora específica.
3. ESPIRITUAL, através da Adoração; Agradecimento; Súplica; Confissão ( Fp 4. 6 e 7; Sl 51.16,17 e 1 Jo 1.9).
Diz ainda Kelly que “o Catecismo Maior de Westminster lembrar-nos de que, quando oramos pelo mundo, a intervenção de Deus nos negócios gerais dos homens estará sempre condicionada pelos seus planos em relação a igreja” e mais, “nossas orações são parte da realização daqueles propósitos”(Kelly, 1996, p.65). Ou seja, Deus tem um plano, já está tudo estabelecido, mas Deus em sua sabedoria decretou mover o homem a orar, condicionando o resultado de Seus propósitos e Sua providência à atitude, secundária ou instrumental, de oração do homem. Deus planejou usar nossas orações para sua glória e providência, e para nossa submissão e dependência, estabelecendo assim um relacionamento correto entre Senhor e servo.
Ao orarmos cremos que Deus tudo nos providencia e que Ele está no controle de todas as coisas. Oramos crendo Nele, em nome de nosso intercessor Cristo, e com o auxílio de nosso consolador, o Espírito Santo. Declarando nossa adoração à Deus e sua soberania. E assim geramos em nós o amadurecimento de nossa fé e dependência e aumentamos nossa comunhão com Ele.
Conclui-se então Deus, infinito e soberano, tem um plano para toda história e se relaciona com o homem na consecução de Seus fins, pois o homem faz parte deste plano.
Como disse A. Murray , em o Cristão e a oração, : “ Satanás ri de nosso labor, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando vê de joelhos ora o mais fraco Cristão”. (Atos 4.23 a 31)
Deus o abençoe e lute para nunca abandonar suas horas de meditação e oração.

UM INSTRUMENTO DE CONSOLO

   


 
Primeiro, o Senhor Jesus nos ensina a compartilhar a dor. Ao saber da morte de Lázaro Jesus diz aos discípulos "vamos ter com eles". E indo ao encontro de Marta e Maria Jesus as ouviu e consolou - "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra viverá". Jesus não corrigiu, não mandou que fossem fortes, mas as ouviu e buscou consolar. Não pregou um sermão, entregou um folheto ou deu um lição de "vida" (ou moral), mas respeitando a dor do luto, da perda. Charles Swindoll conta que uma pessoa enlutada teve duas visitas. Uma falou bastante e buscou levar a pessoa a entender que a "vida continua". A outra, uma criança, sentou no colo do enlutado, sem dizer uma palavra chorou junto com ela. Após estas visitas o enlutado declarou sobre a primeira "queria que fosse embora e não voltasse mais",quanto a outra disse: "não queria que ela fosse embora jamais".
Segundo, Jesus nos ensina que ao compartilhar, devemos sentir a dor do outro. O texto diz que "Vendo-a chorar assim como os judeus... e comoveu-se... Jesus chorou" (v.33, 35).A sociedade atribulada e acelerada que vivemos tem banalizado a dor. Nos ocupamos com tantas coisas que não temos tempo para sentir a dor do outro ou entender a dimensão de suas perdas. E neste caso falo não só da perda pela morte, mas dos diversos tipos de perdas que machucam nossas vidas, como a separação conjugal, a perda da saúde, do emprego, da esperança etc. Diante da dor Jesus, o Senhor Deus, comoveu-se. Pois, compartilhar é mais que falar ou fazer, mas é sentir a dor do outro, por isso Jesus chorou com Marta e Maria.
Em terceiro lugar Jesus nos ensina que Deus não está alheio a dor, e que nele há esperança para nossa dor. Que a sociedade, o Estado e até a Igreja podem falhar, mas Deus está atento a nossa dor, e nos deixa a esperança que se crermos veremos a Sua manifestação de amor e glória. Nos ensina, portanto, que devemos também atentar para a dor do outro, e que os momentos de perda são uma grande oportunidade para dispensarmos nosso amor cristão. E que com nossa presença, audição, abraço ou oração podemos ser um grande instrumento de consolo para os que estão na dor. Por isso, como Jesus, não deixe a modernidade banalizar seus sentimentos comova-se e chore com a dor dos que sofrem com o rompimento da presença de um ente querido. Como cristãos, como discípulos de Jesus, devemos compartilhar a dor dos que sofrem. Devemos ser um instrumento de consolo chorando com os que choram, e um instrumento de esperança proclamando a mensagem de salvação e ressurreição em Cristo.
E se você está em profunda dor e nada pode consola-lo, saiba Deus sabe o que a dor perder um filho. Por isso busque consolo nele, pois a própria Palavra de Deus diz que Cristo veio para consolar os que choram (Isaias 61). 
Que o Espirito de Deus, o Consolador, visite não só a mãe Ana Carolina mas também todos que tem chorado a dor da perda da pessoas amada.