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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A BÍBLIA E O DINHEIRO








TEXTO: I Tm. 6:7-10

INTRODUÇÃO:

Nós meditaremos no que a bíblia ensina sobre dinheiro. E antes de entrarmos no assunto propriamente dito, quero afirmar dois fatos importantes.

1. Quando a bíblia ensina sobre dinheiro, fala de um assunto espiritual. È tão espiritual esse assunto que por várias vezes na igreja apostólica, o ato de contribuir naquela igreja estava ligado diretamente à ação do Espírito de Deus. Depois do Pentecostes (derramar do Espírito de Deus sobre a igreja), aprendemos com a experiência daquela igreja:

1.1 O Espírito Santo é Senhor dos nossos bens, At. 2:42-47.
1.2 O Espírito Santo realiza seu ministério independente do dinheiro, At. 3:1-10.
1.3 O Espírito Santo julga as nossas ofertas, At. 5:1-11.
1.4 O Espírito Santo não se vende, At. 8:18-25.

2. alguns pensamentos errados sobre dinheiro.

2.1 É pecado possuir dinheiro. Existem pessoas que pensam dessa maneira. Rejeitam-no por completo. Ensinam e afirmam que ele só serve de maldição. O dinheiro pode servir de bênção ou maldição, depende de quem faz bom ou mau uso dele. O dinheiro em si mesmo é neutro, não tem vida própria.
2.2 A verdadeira felicidade depende do dinheiro. É um grande engano pensar assim. O nosso Senhor e Salvador, Jesus diz em Lc. 12:15 que a vida do homem não consiste nos bens que possui. O dinheiro pode propiciar uma vida melhor (casa própria, veículo para conforto da família, plano de saúde, escola melhor para os filhos). Mas a verdadeira felicidade está em servir a Cristo.
2.3 Não existe valor maior nessa vida do que possuir dinheiro. Tem pessoas que estão dispostas a fazer de tudo por causa do dinheiro (seqüestram, matam, enganam, deixam-se corromper, pactuam com o inimigo de sua alma). E nós sabemos que o dinheiro não é tudo nessa vida. Existem outros valores mais importantes: Deus, família, vida, saúde. Pv.15:16; 16:8; 22:1; Ef.3:18.
2.4 O dinheiro é a raiz de todos os males. A bíblia não afirma isso. O que ela ensina é que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. I Tm.6:10

ELUCIDAÇÃO:

Diante do que acabamos de meditar. Veremos a seguir o que a palavra de Deus ensina sobre dinheiro.

TEMA: A bíblia e o dinheiro.

I – Devemos gastá-lo sabiamente. Is. 55:2; Pv. 27:23-24

1. Quantas pessoas que por não saberem fazer bom uso do seu dinheiro, perderam tudo. Exemplo do filho pródigo, Lc.15: 11-17.
2. Gastar dinheiro impensadamente é comprar alguma coisa apenas por desejo e não por necessidade. Eu tenho que aprender distinguir o que é desejo do que é realmente necessidade. Desejo muitas coisas, mas será que necessito de todas elas para viver? Exemplo: Desejo trocar de carro todo ano, mas será que é realmente necessário. Há três tipos de atitudes de pessoas quando querem comprar algum objeto: 1. Os racionais 2. Os resistentes 3. Os empolgados.

3. Precisamos seguir a direção do senhor em sua palavra para gastar o dinheiro que Deus nos concede.

II - Devemos prover o necessário para a família. I Tm.5:8; I Co.12:14.

1. Deus nos concede o privilégio de existirmos através do meio instituído por Ele, à família. E é através dos homens que o Senhor resolveu suprir as necessidades da família. I Tm. 5:8 diz que é mais do que um privilégio, é um dever cuidar da família.

2. Um dos maiores investimentos que podemos fazer nessa vida é e sempre será na família. I Co. 12:14 afirma que são os pais que devem entesourar para os filhos.

3. Pv. 23:22. Fala da responsabilidade dos filhos de cuidar dos pais na velhice.

III – Devemos trabalhar honestamente para ganharmos dinheiro. Gn. 2:15; 3:19; Pv. 13:11.

1. Deus instituiu o trabalho mesmo antes da existência do pecado para suprir as necessidades dos homens.

2. Cl. 3: 23-24 ensina que todo trabalho deve ser realizado com amor. Como se estivéssemos fazendo para o próprio Deus.

3. Pv.10:4; 22:29 aconselha-nos a trabalharmos com esforço e dedicação. Almejando sempre a excelência. (Aprimoramento, fazer o melhor).

4. Pv. 6:6-11; 26:13-15; II Ts. 3:10-12 diz que não devemos comer o pão da preguiça.

IV - Devemos usar o dinheiro que possuímos dentro dos recursos que temos, evitando obter dívidas maiores que o nosso orçamento mensal. Pv. 6:1-3; 22:26, 27; Rm. 13:7, 8.

1. Quando fazemos uma dívida, estamos nos colocando sob a autoridade de quem nos emprestou ou compramos. Adquirindo um controle sobre as nossas vidas que só a Deus pertence.

V - Devemos fazer bom uso do nosso dinheiro ajudando aos necessitados. Is. 58:7, 10; Mt. 6:2-4; Sl. 41:1-3; Mt. 25:31-46; Lc.10:25-37; At.20:35; Rm.12:20-21; Gl.6:9-10; Tg.2:14-17.

1. È um dever nosso socorrer os necessitados. Vivemos em um mundo egoísta e muitas vezes nos esquecemos do próximo. E uma das missões mais importantes da igreja é ajudar os que passam por dificuldades. Os órfãos, as viúvas, os idosos, os doentes, os que estão presos, os drogados. Quantas vezes você visitou um lar para idosos ou foi no hospital para levar um refrigério a pessoas que não conhecemos.

VI - Devemos ter grande temor, pois prestaremos contas a Deus de todo o dinheiro que nos foi confiado. II Co. 5:10; Tg. 5:1-4; Mt. 25:14-30.

1. Pv.15:3; Mc.12:41-44. O Senhor sabe o valor da nossa renda e o destino que lhe damos. Que possamos administrar nossa renda com temor e tremor diante do nosso Deus.

VII – Devemos saber que o dinheiro jamais deve assumir o altar que é devido a Deus em nossa vida. Mt. 6:24, 19-21, 33; Ef. 5:5; II Tm. 3:1-2.

1. Riquezas. Em Grego significa mamõn. Uma palavra de origem Aramaíca que servia para designar a soma dos bens terrenos: Posses e dinheiro. Jesus aqui está dando um nome pessoal a mamõn como se fosse um ídolo pagão. O que na prática tende a ser dependendo da nossa atitude a ele. Por isso o Senhor Jesus tratou de identificá-lo dessa maneira. Mostrando que o dinheiro pode tornar-se uma poderosa divindade de um paganismo materialista.

2. As características de quem se deixa dominar pelo dinheiro (mamõn).

2.1 Prefere as riquezas deste mundo às riquezas celestiais, Mc. 10:17-22.
2.2 Sua prioridade é: a família e os bens que possui. Menosprezando a dimensão espiritual, Lc. 12:16-21; Cl. 3:1-4.
2.3 Se torna egoísta e avarento. Lc. 16:19-21. E o exemplo de Judas que trocou Jesus o único salvador por dinheiro.

3. Mt. 4:10. Só Deus é digno de ser adorado.

VIII - Devemos usar nosso dinheiro para investir no Reino de Deus.

1. Nos dias de Moisés, Ex. 35:4, 5, 20-22; 36: 2-7.

2. Nos dias dos Reis, 2 Cr. Cap.29 e 30 no reinado de Ezequias após um grande avivamento, ele reorganiza o sacerdócio (2Cr. 31:2). Como conseqüência desse avivamento Israel voltou à prática do dízimo (cap. 31:5, 6, 12). Depois disso o Senhor concede vitória ao seu povo, (cap.32).

3. Nos dias dos profetas. Em especial no ministério do profeta Ageu, coube-lhe uma grande missão. Conclamar a nação à colocar o coração na obra de Deus. Eles estavam cuidando dos seus interesses pessoais e esquecendo-se do Senhor e de sua obra, Cap.1:2-11. O desafio do Senhor foi lançado e o povo reagiu em obediência, temor, Cap. 1:12-15. Como resultado recebeu a promessa da presença do Senhor, v.13. E passaram a investir na obra de Deus, v.14. Passou um mês o Senhor reanima Israel em face ao grande desafio de reconstruir o templo, Cap. 2:1-4. O Senhor mais uma vez faz promessas ao povo, 2:5-8. A sua presença no meio deles, suprir todas as necessidades e que haveria uma glória maior no segundo templo que o primeiro apesar de toda riqueza daquele construído por Salomão.

4. Nos dias de Cristo. Mt. 23:23; Lc. 18:9-14 Nestas referências o Senhor Jesus não condena o dízimo, mas a atitude hipócrita dos fariseus esquecendo-se do principal a fé, o amor e a misericórdia. Mt. 22:15-22, aqui aprendemos que Deus abomina qualquer tipo de sonegação a do imposto e do dízimo. Hb.7:1-10, O texto fala de Abraão entregando o dízimo a Melquizedeque, o qual representava o sacerdócio eterno de Cristo. A idéia é que Melquizedeque é o tipo de Cristo. Abraão o protótipo de crente, entregou o dízimo a esse sacerdote. Se ele recebeu o dízimo de Abraão porque era sacerdote de Deus, podemos concluir que Cristo é quem recebe os dízimos dos crentes. Temos que ter esta consciência de que ao devolvermos o dízimo, estamos fazendo ao próprio Senhor Jesus.

5. Nos dias apostólicos. I Co.16:1-4; 2 Co. 8:1-5. Temos nestes textos algumas lições prática sobre o dízimo. 1. O dízimo deve ser dado regularmente, (1 Co.16:2). 2. A entrega do dízimo é um privilégio de todos (I Co.16:2), “Cada um de vós”. 3. O dízimo é sagrado (I Co.16:2) “ponha de parte” Isso significa separação, consagração, 4. Temos o dever de entregar o máximo e não o mínimo do dízimo (I Co.16:2) “O que puder”. Não podemos interpretar no sentido do mínimo que pudermos dar. Sigamos o exemplo dos macedônios, (II Co. 8:3). 5. Devemos dar o dízimo conforme o que tivermos prosperado, (II Co. 16:2). 6. O dízimo é o reconhecimento da graça de Deus sobre nós, (II Co. 8:1, 2). 7. Devemos contribuir até com sacrifício, (II Co. 8:1, 2). 8. Devemos dar o dízimo voluntariamente, (II Co. 8:3). 9. Só seremos fiéis dizimistas se entregarmos, em primeiro lugar, tudo que somos ao Senhor, (II Co. 8:5).
O dízimo é um princípio de Deus que deve ser praticado em todas as épocas. Jesus veio para cumprir e aperfeiçoar a lei moral, Mt.3:15, 5:17,18. A lei que Jesus veio destruir foi a lei cerimonial, isto é a guarda do sábado, o sacerdócio, sacrifícios de animais, leis civis para Israel, etc. Quanto ao dízimo Jesus veio confirmar e ressaltar que deve ser praticado com amor, dedicação e fé.

CONCLUSÃO:

Em I Tm. 6:7-10 temos algumas verdades práticas para nossa vida diária.

1    V.7 O nosso objetivo principal deve ser o de servir somente a Deus. Pois, para a eternidade não levaremos nada de bens materiais.
2    V.8 O contentamento deve atingir a nossa vida independente dos bens que possuímos. Fl. 4:10-13.
3    V.9 Fujamos da tentação de ficarmos ricos a qualquer custo. O texto diz que os que dessa maneira procederem sofrerão angustias terríveis agora e se perderão para sempre.
4    V.10 O nosso amor e adoração devem ser devotados somente ao Deus único e verdadeiro.